Estudar espanhol, em pleno Caribe, na ilha de Margarita, foi melhor do
que eu imaginava. Expectativas superadas. Particularmente, precisava de atenção
especial por dois motivos: por ser jornalista e por ter, como língua nativa, o
português. Como jornalista, preciso do espanhol para trabalho. Já por falar o
português, tenho necessidades diferentes de um nativo de língua inglesa ou
alemã, por exemplo. São necessidades próprias pela relação que há entre o
português e o espanhol.
Considerando esses dois quesitos, a Escola me ofereceu aulas exclusivas.
Havia um professor focado em meu aprendizado.
Depois de um tempo, comecei a estudar com um suíço, mas já tinha uma
certa compreensão das diferenças entre a língua que domino e a que estava
aprendendo. Já não me era tão confuso entender que “oficina” é “escritório” e
que “taller” é “oficina”.
Nos primeiros dias, me lembro de ter rido sozinho quando soube que
“canhoto” era “zordo”, que se pronuncia “sordo”, quase como “surdo”. Imaginei
um canhoto dizendo: “Soy zordo”. Problemas de um iniciante.
Gentilmente, Sabine e Nataly foram me ajudando com os falsos cognatos e
esclarecendo estas situações. No começo, para nós, falantes do português, é
confuso.
O aprendizado não se dava apenas em sala de aula. O idioma também era
ensinado nas excursões e na preparação de pratos típicos. Aprendia a cultura
local e o espanhol simultaneamente. Formas recreativas de ensino que me
ajudaram muito.
Em relação a moradia, optei por uma casa de família: a casa da Magda.
Confesso que me apeguei muito a ela. Hoje, a chamo de mamá. Mamãe em espanhol.
Extremamente educada, carinhosa, dedicada e ilustre cozinheira. Mesmo após
retornar ao Brasil tenho contato com ela. Sinto a sua falta. Não é todo dia que
encontramos pessoas tão queridas e amáveis como mamá.
O
quarto em que fiquei era grande, tinha ar-condicionado, frigobar e suíte.
Encontrei o mesmo em outros países, mas com preços superiores.
O Caribe não tem a sua fama à toa. Foi pelo fato de a Escola estar lá
que a escolhi entre as várias em que pesquisei. Mas, hoje, refletindo sobre
toda minha experiência, pelas aulas que tive e pela forma como fui tratado,
tenho motivos a mais para apreciar o Caribe. Em nenhum momento eu me arrependi
de ter escolhido a CELA. Muito pelo contrário. Fiz a melhor escolha. Tanto que,
ainda hoje, faço aulas por vídeoconferência com a Escola.
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